Joaquim Agostinho

(ciclista português, acidente de bicicleta, 1984) 

 

1ªmensagem - 31/01/2013

"O que gostamos de fazer, a pregar-nos cada partida.

A dificuldade que eu sentia no desenvolvimento que me colocavam. Eu queria era pedalar, desligar e mais nada. Mas as burocracias, os envolvimentos que me sujeitavam.

Às vezes não sabia se tinha que ganhar ou perder?

Os que mandavam; o que sabiam do meu prazer de pedalar?

Eles só conhecem de números, de resultados. Eu só conheço o juntar a profissão ao prazer.

Porquê que me complicavam tanto a vida?

O isolamento como forma de me tranquilizar e alhear de tudo, fazia-me às vezes quase perguntar; em que volta é que estava? (risos).

Rapidamente faziam-me voltar às condições previamente definidas e resultados anteriormente impostos.

Tiravam mesmo a graça áquilo.

A nossa importância, adquirimos quando temos prazer de fazer o que gostamos.

O interesse de algo que nos agrada está no decorrer da ação, não na conjetura do resultado.

Essa imposição tira todo o brilho ao verdadeiro desporto.

Desporto é alegria naquilo que fazemos. Não pressão que nos tira toda a vontade de pedalar."

 

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