Antónia

 

Tratamento de João a Antónia, casal, 09/08/13
“Nós continuamos toda a vida a querer saber pelo que se vê, que se ouve e nunca pelo que se sente, pelo que não se vê. 
Este é um problema que todos deveriam solucionar urgentemente. Depois é não deduzir com aquilo que sabemos, que conhecemos com as nossas memórias. Sintam o que a pessoa ou a situação vos passa sem se envolverem, sem envolverem a vossa mente. Os registos estão na mente, não no coração. 
É a falta de uma sensatez profunda que nos prejudica, que prejudica a nossa vida e depois todos arrastamos. Depois do à primeira vista, da pressuposição, armamo-nos qual cavaleiro a proteger a sua dama. Nós protegemos tudo o que é nosso (mental), como se a vida fosse. E depois disto tudo afirmam, “mas isto não é para mim”. Não? Claro que é para todos!
Esse é o derradeiro problema. Isso nunca é para mim, é sempre para o outro. Então comecemos por aí, comecemos por perceber que nós podemos, porventura, fazer algo errado, talvez. Que precisamos de abrir primeiro a mente e depois o coração, para a possibilidade de estar errado e para a outra, a de querer fazer melhor, para a situação mudar, para melhorar a nossa vida e a dos outros, para as ações e reações mudarem, para mais tranquilas, serenas, para haver um campo aberto a uma compreensão, entendimento, para o abraço tranquilo sem temer o ontem e sorrindo para o amanhã.”