Saddam Hussein 

(foi um político e estadista iraquiano; foi o quinto presidente do Iraque de 16 de julho de 1979 a 9 de abril de 2003)

 

1º Tratamento, 31/12/2012 

"O que emitimos sufoca-nos.

Somos, cada um de nós, os primeiros a sentir, a sofrer, o nosso ódio, a nossa ganância.

Andamos completamente perdidos, envolvidos por este sabor na boca, por este desejo de ser mais que o outro.

Ser mais, de pior. 

Eu esforcei-me bem! Que horror que eu era!

Mas todos somos o horror de nós próprios.

E vocês são muitos.

Nós afogamos a nossa verdadeira consciência, com toda a nossa sofreguidão de ser mais, para mais ter.

A nossa mente anda neste rodopio.

Quem é que confia em quem?

Se eu próprio não confiava em mim!

Que sofrimento. Vivendo temendo as minhas próprias ações.

Afinal quem servia eu?

A mim não era! Ao meu povo, também não!

Quem é que confiava em mim?

Quem podia dormir tranquilo? Comigo à solta.

Porquê que me deixavam andar à solta?

Tanto poder na Terra e não me seguravam, porquê?

Porquê que deixam homens como eu tomar as rédeas das injustiças?

O que se move nas sombras?

Que me deixavam tranquilo crescer, ficar um gigante do medo.

Eu queria ter sido parado.

Eu queria ter sido impedido de crescer.

Porquê que não se segura os desejos ardentes do poder injusto e cruel?

Eu não fiquei gigante de um dia para o outro.

Foram deixando, fui saboreando.

Foram cedendo, fui impondo.

Foram adorando, fui trucidando.

O que impede o bem de parar o mal?

Para onde estavam olhando, enquanto eu reunia à minha volta os alicerces do poder?

Porquê que não me pararam no início?

Porquê que me deixaram crescer besta?"

 

2º Tratamento, 09/01/2013

"Nós somos o que somos, depois há todo um envolvimento.

Todo um envolvimento de reações.

E ficamos conhecidos pelas reações.

E já não somos, se não reagirmos como esperam.

Eu penso que muitas vezes já nem é a mente sedenta a falar, o que fala primeiro.

É a boca de todas as irritações, preocupações desenfreadas, desejos que nos ardem no peito.

O conjunto destas reações a falarem mais alto que a mente.

É que se a mente já era o que era.

Começo a perceber que nos cresce uma rede energética que se sobrepõe à nossa própria energia.

Eu quando estava com os meus até sabia ser carinhoso.

Onde estava eu quando o ditador se expressava?

O que nos leva a querermos ser senhores da verdade toda?

Quanto mais eu deixava aquele funcionar em mim, mais me comprometia e aos outros.

Mais de tudo irracional era necessário implementar.

O que é isto que cresce em nós?

Que me incutia a fazer tantas barbaridades?

Onde andavam os homens bons?"

 

3ª Tratamento, 16/01/2013

Há sons, pensamentos, ações, reações, acontecimentos que me vêm à mente e me incomodam.

Interrogações já não as coloco.

Mais compreensão para tudo entender.

É preciso agora muito esforço.

Perceber no dia seguinte, porquê que se agiu daquela maneira.

Hoje incomoda, mas ontem fui um bruto. E ontem não via as coisas como hoje.

Prefiro hoje ficar a aumentar a consciência do certo e do errado, do que reagir ao que fiz ontem.

Porque se hoje continuar a reagir é porque não dei hipótese à mudança.

Irei lá em baixo na próxima vez não tendo qualquer hipótese de dar opinião?

Se aumentar esta consciência, vou mesmo escolher eu, ser proibido de dar opiniões.

Se não conseguir falar, vou certamente só ouvir os outros.

Até que o meu coração serene."

Mensagens canalizadas por José e Palmira