Fernanda

(doença, cancro)

 

1º Tratamento, 06/11/2012

Terapeuta

- Passa-me muita alegria no casamento, mas por pouco tempo.

Sente- se fisicamente abalada.

Fernanda

"A vida é envolvente. A doença é revoltante.

Nós queremos fugir dela e não conseguimos.

A vida nós procuramos e ela foge de nós."

 

(colocada em Luz Violeta)

 

2º Tratamento, 17/11/2012

Ser de Luz

"Quando tratamos uma doença, temos ternura pela saúde e não ódio pela doença."

Terapeuta

- Quando vivemos em revolta com a doença e nos concentramos tanto na frequência da doença, esquecemos a saúde.  Na revolta voltamos as costas à saúde.

(Fernanda)

"Parece que me estão a despejar de ...."

Ser de Luz

"À medida que vocês tratam e nós tratamos, tudo vai mudando."

Fernanda

"O que arde cura.

Parece fogo dentro de mim.

Um fogo que me conforta."

Ser de Luz

- Agora é altura de sentires felicidade, de sentires distância da mágoa.

Este é o momento. Desejo ver em ti alegria de ser, não alegria de estar."

 

3º Tratamento, 16/12/2012

"Quando muda a qualidade do que sentimos. Do que sentimos em relação a tudo, até as próprias dores.

Quando muda a maneira de ver as coisas.

Um buraco vazio pode ficar cheio...de Luz.

Vocês andam a semear Luzes?

A encher buracos vazios?

A anular os apertos no coração?

As dores das revoltas?

Das imposições. No que tem que ser à força...do puro egoísmo.

Alimentar o egoísmo só dá...um egoísmo maior. E a vaidade, o ciúme.

E todas essas tretas, que só aumentam buracos no peito e a dor depois aumenta.

Porque a dor não está só no buraco, está na mente.

A dor já vai na energia.

Transforma-se de dor física em dor da impossibilidade de ser.

De ser à força, melhor que o outro.

De ser, para melhor a vaidade reinar.

Para melhor a ganância roubar.

Roubar a felicidade dos outros, para encher o nosso buraco.

Isto é a mente da ansiedade a falar.

Esse calor vem sem parar. 

Sem perguntar à mente, “e se acaba e se depois não tenho para mim?”

Esse calor vem sem medos, sem intenções, sem moeda de troca.

Um calor assim, derrete tudo em mim até ficar só a dor do buraco físico, por enquanto.

Buraco que vai fechando com a mudança de mentalidade, com a mudança de energia.

Será que aí não funciona na mesma maneira?

Vou ficar sentindo, porque com buracos destes não vou conseguir voar!"

 

4º Tratamento, 27/12/2012

"As obrigações que nos concedem os outros. 

De crescer aprendendo à maneira deles, de casar com quem eles acham, de ficar doente, as doenças que eles entendem.

E a forma de vida que isto carrega. A prisão de vida que assim é.

A mim só me deveria ser cedido a oportunidade de deixar a vida acontecer. De todo o tipo, de todos os acontecimentos, de deixar chegar tudo a mim.

Sem antecipadamente dizer, isto não é para mim.

O que eu sei da vida?

O que os outros sabem da minha vida?

Que me proíbem, que me concedem.

Quem somos nós que damos condições à vida de acontecer?

Quando eu recebo o sol em mim.

Vou eu colocar condições ao sol?

A ficar percebendo isto tudo e a deixar que isto tudo limpe em mim, para não ficar a ser mais uma que cede isto ou aquilo à vida dos outros."

 

5º Tratamento, 06/01/2013

"Quando todos os vestidos nos caem bem, quando todas as palavras, o que somos, o que acontece.

Quando tudo está no tempo certo.

Quando tudo brilha em mim, que as palavras e os seus atos, não me chegam*.

Quando o que pretendo é igual ao que sou.

Quando o que sou é este brilho que nos ilumina.

Como é bom saborear o gosto da nossa própria conquista.

O sabor da evolução.

A distância entre a azeda revolta e o doce brilho destas Luzes."

*dos outros

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