Mehdi Ajali

(Jogava futebol em França quando caiu no chão devido a ataque cardíaco com 7 anos)

 

1ª Tratamento - 06/01/2013

"Caído, despojado, fracassado, derrotado incapacitado. Eu represento esta grande energia de muitos homens e mulheres que vivem bloqueados pela vida. Que caíram para nunca mais se levantarem. Que jazem vivos. Que um dia caíram, já nem eles, nem ninguém se lembra, quando e como. Eles ficaram no esquecimento da vida.

A vida agora passa-lhes ao lado. Nós já estamos catalogados, de tanto nos verem assim, de tanto se esqueceram de nós, de tanto sermos que ficámos sendo.

Se o meu querer não chega para levantar o meu corpo, se a minha voz não é ouvida, se a minha mente cansada e fraca pretende desistir deste resto de vida. Não nos enterrem, nós ainda estamos cá.

Quando a voz mais fraqueja tento sorrir para um ou outro que ainda me olha. Um sorriso de desespero, um sorriso cansado de pedir ajuda, um sorriso que marca uma réstia de vida. Que unicamente pretende desejar, ainda vir a ser. Ser correndo, brincando, jogando, fazendo os outros pular de alegria, sentir o peito cheio de satisfação.

Não nos deixem plantados no chão. No chão nós já não crescemos. Ajudem-nos a levantar, a puder de pé andar e respirar. O meu sorriso a desejar ser, como esses que correm com o peito cheio de alegria. Esses bem-aventurados, esses escolhidos pela vida.

Não deixem a vida cansar-se de nós.

 

2ª Tratamento - 13/01/2013

A exigência na evolução, caminho lindo de seguir, desejo de avançarmos mais rápido e aos que nos rodeiam. A certeza de estarmos no caminho da Luz. A fé de todos conseguirmos voar.

O carinho ao outro, a grande possibilidade de dizer lhe, tu és capaz, eu dou-te a mão, está um dia tão lindo.

A discriminação é só a certeza que alguns sentem de que, o que existe é só para distribuir por um grupo; ao que eles pertencem. Não é dizer que os outros não têm direito é que só nós é que nascemos com direitos sobre as coisas boas da vida. A discriminação é egoísmo puro, de pensarmos que os nossos filhos, lá porque são nossos, são mais importantes que os outros.

Eu só vejo medo nos olhos delas. Eles têm pavor que falte comida aos seus. 

Plantem árvores por todo o lado, em jardins, em campo aberto.  Encham os terrenos de árvores e que os frutos alimentem os que precisam.

Como é bom não passar fome, como é bom ser capaz de subir a uma árvore e colher fruta. Como é bom haverem árvores para subir, como é bom respeitar as necessidades de cada um, como é bom não limitar o acesso a muitos.

Há tanto terreno na Terra, tanto mar para pescar. Tanto egoísmo para aumentar, tanta estupidez para semear, tanta escuridão para colher. Tantos filhos dos outros para amar.

Já viram que são todos bem aventurados. Há tantos para amar, tanta Luz para receber.”

 

3ª Tratamento - 23/01/2013

“Se conseguíssemos olhar uns para os outros e perceber a quantidade de Luz que vai no peito. A pureza de todas as suas ações e se fossemos na Terra um livro assim tão aberto. Se transportassemos nos olhos a nossa história, se o coração falasse alto, muito alto. Se eu sentisse a tua energia e me pudesse de imediato levantar.

Quando nos olharmos nos olhos e palavras substituirmos por sorriso meigo; daquele que se sente no corpo todo. Quando o desconhecido te der a mão com pureza no coração. Quando os campos forem todos verdes, o céu azul. Quando nos iluminarmos uns aos outros, quando a fome for substituída por sede de Luz, quando deixarmos a porta aberta pela noite adentro, para o teu sorriso. Quando o teu sentir for o meu sorriso.”

Mensagens canalizadas por José e Palmira