Maddie McCann
(menina Inglesa que desapareceu no Algarve, Portugal)
1ª Tratamento, 30/11/2012
"Eu estou perto para dar continuação à história que arranjaram para mim. Onde cabia eu naquelas lutas de adultos, de gigantes, de interesses?
Eu andei perdida de mim própria.
Parece que as projeções dos interesses ultrapassam as realidades de qualquer um.
Parece que me arrancavam pedaços do corpo.
De tanta certeza que há na vaidade da verdade de cada um.
Eu só sinto agora o que qualquer miúda deseja, carinho sem quaisquer interesses.
Afinal o que resta de mim?
O amor que temos pelas bonecas é mais real, é só aquilo que é.
O amor dos adultos, depende da barriga cheia, do desejo satisfeito, do sim do patrão, da foto na altura certa."
(colocada em Luz Violeta. Os acontecimentos, as interrogações e as certezas fazem-na ficar de consciência quase perdida.)
2ª Tratamento, 19/12/2012
"Sabem quantas crianças há pelo mundo chorando?
Quantas mães, pais, familiares, chorando pelas dores das suas crianças?
Quem é que está por detrás do choro de cada criança?
Vocês ouvem falar do choro das crianças mas não as ouvem.
E se eu começar a chorar sem parar e mais as outras todas que choram, como eu. Que barulho. Imaginem durante um pouco do vosso precioso tempo, todas de nós chorando ao mesmo tempo.
E cada um de vós conseguir na vossa cabeça, no vosso coração, ouvir todos esses choros ao mesmo tempo.
E sentir a dor de todos, mais a dos familiares.
Prefiro o som dos pássaros, das ondas.
O som das gargalhadas. Dos pezinhos correndo.
Quero sair do som daquele choro todo e não consigo.
Quero só ouvir o meu coração a bater assustado por tantos corações pequeninos que sofrem.
Que esforço. Só quero ouvir conversas lindas, gargalhadas alegres.
Só quero ouvir tantos sorrisos.
Fechar os olhos e deixar-me embalar pela energia de tantos sorrisos.
Tenho que me concentrar para não ouvir chorar. Nem para pensar.
Porquê que choram? Nem em quem está por detrás de cada um, que não pára de chorar.
Será este choro o balanço da nossa própria cabeça?
O que ouvimos? O que queremos ouvir?
O que não podemos deixar de ouvir?
O que nos mandam ouvir?
O que nos impõe para ouvir?
Quando me impõem ouvir, eu esqueço o sofrimento no corpinho daqueles choros todos.
Eu esqueço porque não quero lembrar.
Possivelmente nenhum deles é meu filho.
Eles são filhos das nossas culpas.
São filhos dos interesses, do egoísmo, do carrão.
Então eu conseguiria andar num carrão ouvindo tanta criança a chorar, sentindo tantos a sofrerem?
Quem sou eu? Que faço carros destes rolarem?
Cabeças destas saltarem? Corações destes apertados?
Eu não me reconheço. Não façam barulho.
Deixem ouvir tantos passarinhos cantarem.
Tantos corações amarem."
3ª Tratamento, 19/12/2012
Criando certos horrores, é o que muitos poderão ser apontados. Se saltar de caso em caso, talvez os visados se acusem.
Vender produtos, quando já sabemos estarem estragados, receitar medicamentos por conveniência, ajudar a enclausurar, armadilhas aos jovens na net. Estaríamos aqui todo o dia.
A troco de um presente faustoso, muitos fazem crescer estes horrores, que nos envergonham e nos empobrecem. Se fossemos aos casos simples... desviar a cara para não ver... pode ser que ele se esqueça.
Os horrores praticados abrangem uma esmagadora maioria.
Se alguém disser que guarda a carteira caída na sua loja. Vocês não vão acreditar. Uma forma simples de funcionar para qualquer homem ou mulher é considerado irreal. Pensarão que não é bom da cabeça.
Então onde estão os responsáveis por tantos horrores criados? Dentro das cadeias?
“Eu quero lá saber, eu quero é vender!”
“Não é para a minha casa!”
“Pode ser que eles não vejam!”
“Eles não percebem nada disto. São uns ignorantes!”
“Temos que fazer tudo para as vendas crescerem!”
Chega seus monstros!
Com este artigo, vocês ficam revoltados ou pensativos?
Sabes que enquanto estás atarefado a estudar como enganar melhor, o teu filho está na net a ser chupado, ou a tua filha a gastar o lindo dinheiro que ganhas, na droga. Tens que a informar que há uns malandros, que a enganam e ela anda a comprar um veneno muito maior.
Somos todos vítimas dos horrores que estamos criando. Todos.
Até o teu bebé acabado de nascer. Aquela marca de fraldas, usa produtos que contaminam a pelezinha dele.
Acham que ele tem culpa?
Afinal de quem é a culpa?”
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